Praticar e Entender


Essa imagem trata sobre uma passagem da Torah que se encontra em SHMOT (Êxodo 24:7) à respeito da resposta dos hebreus em relação às Leis estabelecidas pelo Criador ao seu povo.
Passagem esta, dentre várias contidas nO Livro, a qual tenho meditado durante essa minha nova etapa da peregrinação em busca do Conhecimento que O Eterno deixou para nós.

Faremos e Ouviremos.

Declaramos cumprir primeiramente as ordens, ainda que estas por alguma razão não nos faça algum sentido, para então, uma vez cumpridas, passemos a entender e ouvir o que ela nos representa.

Entretanto, com é difícil o posicionamento mental e o condicionamento de toda uma estrutura comportamental de vivência para que passemos a cumprir determinada Lei estabelecida. Em outras palavras, como tudo parece conspirar ao contrário à partir do momento em que vc deseja cumprir um determinado mandamento.

É difícil, mas o que vejo é que os benefícios extraídos do cumprimento da Lei, são proporcionalmente positivos.

Por um instante, a ordem da frase: Faremos e Ouviremos, logicamente parece estar invertida. Porém O Código ali descrito representa que primeiramente, mesmo sem entender, vc assume a posição de cumprir pois o resultado desse cumprimento te mostrará o verdadeiro sentido que ele representa uma vez que explicado de outra maneira não tangibilizaria o conhecimento e o aprendizado extraídos mediante seu cumprimento.

Existe um grupo de Leis contidas na Torah cujas razões não nos foram reveladas de forma direta, conhecidas como CHUKIM ( o som de CH não é como o de CHave e sim como o de Juan em español).

Muito do ganho de aprendizado que recebemos pelo cumprimento do CHUKIM só adquirimos após o seu efetivo cumprimento. Sem cumprir não há como saber o que esta Lei específica representa. Mesmo que este entendimento não esteja numa escala material ( Assiá - Física; Malchut - Manifestada) e sim no nível de HaShamaím (dOs Céus - Outras Dimensões).

Após iniciar a minha peregrinação em busca dO Conhecimento codificado pelO Grande Autor na Torah, uma forte necessidade de cumprir os preceitos descritos ali tomava conta de mim à cada leitura.
Alguns mandamentos são extremamente lógicos, fazem sentido. Oras, se porventura eu entendo que existe o Princípio da Ação e Reação, da Causa e Efeito, do Colher o que se Plantou, fica fácil entender porque devemos: Amar ao próximo como a nós mesmos! Afinal, da mesma forma como eu enviar a energia (se boa ou má) na mesma intensidade ou maior eu a receberei de volta. Porque este Princípio Cósmico gerado para conceber o Universo já existe. A mesma Energia que eu enviar será a mesma que receberei, se eu quero colher boa energia devo planta-la. A boa energia que recebo foi causada pela energia boa que gerei. (# não entrarei neste momento no mérito de que por outro lado existam energias que não estão no meu controle e que chegam a mim provavelmente necessários ao meu crescimento e etc, o fato que nos atemos no momento refere-se ao que está para minha escolha: trate os outros como gostaria de ser tratado e assim por diante.)
Porém outros mandamentos não parecem ser tão óbvios e hoje acredito que estes, portanto, mereçam uma atenção maior pois não representam elementos da dimensão física, porém da dimensão que nos encontramos enquanto consciência.
Quando passei a cumprir uma Cashrut ( Grupo de Leis da Torah que regem a ingerência de alimentos) não imaginava como o processo de suspender determinados tipos de alimentos como carne por exemplo de minha dieta movimentaria e alteraria todo um cenário ambiental refletidos em vários aspectos da minha vida. Posteriormente tratarei sobre alguns desses aspectos como o exercício diário do Auto Domínio por exemplo, uma forma de crescimento não-físico. Porém o que me atenho disso é o fato de aprender e observar determinado significado da Lei depois de efetivamente tê-la experimentado.

Atualmente me encontro diante da necessidade de guardar o SHABAT quanto sétimo dia original, o Sábado com letra maiúscula.

Até então, durante a minha peregrinação, guardara o sétimo dia dentro de instância:

Seis dias farás tuas obras. Shmot 23:12

Esse cumprimento representara meu testemunho de que O Eterno criou o TUDO (Universo) em seis dias e no sétimo descansou ( Santificou-o). Agindo assim eu guardara o Domingo quanto sétimo dia proposto pelo mundo ocidental. Minha mãe me ensinou a observá-lo em virtude de seu zelo pelas coisas do Eterno. Afinal fui educado dentro desta visão ocidental de que o sétimo dia era o domingo. Fui educado a guardar o sétimo dia considerado universal no Ocidente, o domingo.
Agindo assim eu guardara o sábado.
Porém...
Hoje sinto a necessidade de guardar o Shabat.

Seria uma instância realmente necessária?

Hoje tenho sede cumprir a santificação do Sábado numa instância mais elevada, cumprir de uma forma mais completa.

Porém essa transição está difícil, pois bastou decidir por cumpri-la em sua totalidade que alguns cenários parecem agir em oposição à essa decisão.

Quero imaginar que este seja apenas um momento transitório e que num futuro próximo eu possa desfrutar dos benefícios de cumprir mais este mandamento de forma completa e sublime.

Glauco Stéfano. Brasília 05 de Fevereiro de 2011.

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